Sugestões de Leitura
De Espanha Nem Bom Vento Nem Bom Casamento - Virgínia López
«Aquilo que Virginia López nos desvenda neste livro, com um humor tão fino e inteligente, é que Espanha e Portugal têm mais passado em comum do que aquele que alguns – ai esses alguns – querem aceitar. Porque, portugueses e espanhóis, somos todos filhos da mistura de culturas, sangues, projetos, sonhos, afinidades e deslealdades. E se a história pode ser contada de várias maneiras, do passado ninguém se livra. Nesse passado, no qual Virginia mergulha na qualidade de jornalista e ofício de escritora, existem figuras grotescas, malvadas, desgraçadas e extravagantes, um património que já era tempo de se unir num só livro que é, simultaneamente, catálogo de encontros e desentendimentos, ou seja, de vida vivida em comum e entre gente nascida na mesma terra embora falando de forma diferente (…)» Pilar del Río, in Prefácio «Portugal só existe porque foi uma prenda de casamento para uma simples bastarda castelhana e isto numa altura em que ainda não tinham sido inventadas as listas de casamento do El Corte Inglés». É desta forma provocadora que Virginia López, correspondente do jornal El Mundo em Portugal há 5 anos, começa este livro de forma a apurar se a expressão que tanto ouvimos e em que tanto acreditamos «De Espanha nem bom vento nem bom casamento» tem alguma razão de ser. Da bastarda D. Teresa, mãe do primeiro rei de Portugal, passando pela galega Inês de Castro, a castelhana Rainha Santa Isabel, a única que Portugal teve santa, à passagem pelos Filipes, à famosa Batalha de Aljubarrota tão falada por portugueses e tão desconhecida dos castelhanos, ou às relações de «amizade» entre Franco e Salazar, José Sócrates e Zapatero.
Verão Quente - Domingos Amaral
“Em 1975, no auge do Verão Quente, com Portugal à beira de uma guerra civil, Julieta é encontrada inanimada e cega, depois de cair pela escada, na sua casa de família na Arrábida. E, num dos quartos do primeiro andar, são descobertos, já mortos, o seu marido, Miguel, e a sua irmã, Madalena. Seminus e ambos atingidos com duas balas junto ao coração, as suas mortes levam o tribunal a condenar Julieta pelo duplo homicídio. Vinte e oito anos depois, em 2003, a cegueira traumática de Julieta desaparece e ela volta a ver. Começa também a recordar-se de muitos pormenores daquela tarde trágica em que aconteceu o crime, e em conjunto com Redonda, a sua bonita filha, e o narrador da história, vão tentar reconstituir e desvendar o terrível segredo da Arrábida, que destruiu aquela família para sempre. Quem matou Miguel e Madalena e porquê? Será que eles eram mesmo amantes, como a polícia suspeitou? Será que Julieta descobriu a traição infiel do marido e da irmã? Ou será Álvaro, ex-marido de Madalena e um dos «Capitães de abril», o mandante daquele crime?”
D. Estefânia - Um Trágico amor - Sara Rodi
Quando D. Estefânia saiu da igreja de São Domingos, pela mão do seu marido D. Pedro V, rei de Portugal, as vozes dos portugueses ditaram-lhe o destino: a rainha vai morta! Vai de capela! Três gotas de sangue haviam-lhe manchado o vestido branco imaculado. A jovem princesa alemã não teve forças para aguentar o peso do magnífico diadema que D. Pedro lhe oferecera como prova do seu amor. Um amor cúmplice, puro e apaixonado, entre duas almas gémeas unidas em propósito, durante 14 meses. Apenas 14 meses…. Escrito na primeira pessoa, num tom confessional e recheado de emoção, a autora Sara Rodi revela-nos a apaixonante história de D. Estefânia Hohenzollern-Sigmaringen. Uma rainha que muitos portugueses viram como um anjo que lhes trouxe a esperança que tanto lhes faltava, sempre disposta a ajudar os mais pobres e desfavorecidos. Não fez mais porque morreu jovem aos 22 anos. Sem ter deixado um herdeiro para o trono de Portugal. Mas deixando um último pedido: a construção de um novo e moderno hospital que prestasse assistências às crianças pobres e desvalidas. O Hospital D. Estefânia. D. Pedro cumpriu o último desejo da sua mulher, mas o rei Muito Amado de Portugal não resistiu à morte de Estefânia e dois anos depois partiu para junto dela.
O Primeiro Alquimista - Sofia Martinez
Quando a jovem Breia recupera a consciêcia depara-se com Bran, o grande mestre fundidor da aldeia da Fraga, e Tor, o seu corajoso aprendiz. estes calcorreavam o vale em busca do precioso minério, para forjar machados de bronze. breia assusta-se ante os dois estranhos. Sentia ainda o cansaço e o medo de ter sido perseguida durante dias por dois homens que a ameaçavam com os seus machados. Sentia as dores do corpo de ter caido naquele abismo, de onde nunca imaginara poder sair. Mas, ao cruzar os seus olhos com os de Tor, Breia vê nele o seu porto de abrigo, o seu salvador. O mestra fundidor decide adotar a jovem, que se recusa a dizer o seu nome e a revelar as suas origens, e leva-a para a sua aldeia. Decide chamar-lhe Nan-tai e é com este novo nome que a jovem se adapta à sua nova vida. No entanto, tudo se complica quando o povo do Norte vem à aldeia da fraga para entregar Raina, a noiva de Binan, o filho do chefe da aldeia. O segredo de Breia seria finalmente descoberto.